FONTE: http://www.flem.org.br
Publicada dia 01/11/2018
No pulsar da música, literatura, teatro, dança, jovens aprendizes, participantes do Programa Nossa Travessia, transformaram o auditório do Ministério Público Estadual (MPBA), em Salvador, na última terça-feira (30), em palco da diversidade, cultura, inclusão e da esperança. No palco, as dificuldades vividas nas comunidades onde moram ou como pacientes dos Centros de Atenção Psicossocial de Salvador deram lugar ao Sarau Ponto Diversos e as mais lindas expressões artísticas, enchendo de emoção a todos os presentes.
Seja na poesia de protesto de Verônica, na dor traduzida em verso de Isa, na performance das mestres de cerimônias Maiú e Cléo ou na voz surpreendente de Josi, o que se viu foi o sucesso de um projeto em que a missão principal é dizer à sociedade que é preciso olhar para essa juventude, que pede espaço, atenção e oportunidade. “O que temos aqui são jovens expressando seu modo de viver, uma arte que dialoga com a história e contexto de vida de cada um deles e eu quero parabenizar a cada um pela coragem em estar nesse palco”, disse Natureza França, representante da Ponto Diversos e educadora responsável pela organização do Sarau.
O Nossa Travessia é um projeto idealizado pela Pontos Diversos – Associação para Promoção da Diversidade Sociocultural e Ambiental, desenvolvido em parceria com a Fundação Luís Eduardo Magalhães (FLEM) e apoiado pelo Ministério Público do Estado da Bahia (MPE) e Superintendência Regional do Trabalho e Emprego (SRTE). O Programa, que comporta os projetos ArteMente e FLEM Social, tem como objetivo realizar ações voltadas a jovens em situação de vulnerabilidade social e portadores de distúrbios mentais, com foco na aprendizagem e inserção no mundo do trabalho.
“A perspectiva é de garantir o direito à aprendizagem de adolescentes que estão na rede de saúde mental, que merecem uma chance de mostrar que são tão capazes e são tão meninos e meninas como quaisquer outros”, afirmou o promotor de Justiça Carlos Martheo se referindo, especificamente, ao ArteMente. Os jovens já estão trabalhando na FLEM e nas empresas Porto Fino e Le Biscuit.
“Temos 71 aprendizes contratados pela FLEM e é uma satisfação grande para nós participar da transformação que o Nossa Travessia vem proporcionando na vida deles e de suas famílias, ainda mais em uma ação que une juventude, educação e trabalho, três áreas de atuação que estão no DNA da Fundação”, destacou Melyssa Neves, gerente da Diretoria de Apoio a Projetos Sociais (DIAPS) da FLEM