Dia 20 de Novembro de 2018, fomos convidados pelo Inema – Instituto do Meio Ambiente e Recursos Hídricos, para participar de um encontro com jovens do Programa 1º Emprego da FLEM – Fundação Luís Eduardo Magalhães, em atenção ao Dia Nacional da Consciência Negra. Acompanhados da diretora Renata Martorelli e da orientadora Natureza França, os jovens Daniel Santos, Joisi Lima e Verônica Serra, jovens aprendizes Pontos Diversos, também contratados pela Fundação. O encontro foi realizado em roda na área externa do Instituto, com uma dinâmica discursiva e poética com dados históricos, expressões e reflexões coletivas. Apresentamos a Pontos e seus ideais, nossos jovens expressaram suas poesias e letras de músicas politizadas. A Consciência Negra requer conhecimentos prévios necessários para o entendimento da nossa história, saberes que nos tocam porque revelam a luta de nossos
antepassados, força e heroísmo ocultados por séculos, que não podem mais ser ignorados. E quem conhece um pouco da história do Brasil, sabe que essa luta é antes de tudo por sobrevivência e nunca foi fácil.
Por fim, juntos, todos os jovens presentes participaram de uma proposta criativa coletiva. Inspirados nos conteúdos abordados, criaram textos poéticos com o objetivo de imprimir suas perspectivas e sentimentos em âmbito coletivo, apresentando caminhos para construção e transformação coletiva para uma realidade em que todos desejamos: Um país mais justos e menos desigual.
Para a poetisa negra Conceição Evaristo, o longo caminho percorrido entre a favela onde vivia em Minas Gerais e os inúmeros países que se deleitam sobre sua arte, tem na escrita a impressão maior. Para ela a partir das suas “escrevivências” existe e resiste no mundo, se faz presente, viva. E a arte da vida, mesmo, faz florescer no mundo sementes que brotam no mais íntimo de cada ser. A vida inspira e a arte revela o que somos, pontos diversos que se encontram para crescer, resistir, criar, mudar.